2 de setembro de 2013

Conformados, formatados ou desformados?

O homem pós moderno leva uma vida esquisita, tentando ser quem não é, escondendo-se atrás de modelos e estereótipos ditados pela mídia e por sua sociedade que diga-se de passagem é muito difícil de entender.
A pós-modernidade defende a livre escolha, a aceitação do diferente, não existe absolutos e a verdade simplesmente não existe pois todos podemos fazer nossas verdades.
Se cada um pode fazer sua verdade e vive-la porque é que as pessoas tentam tanto ser iguais as outas?
A roupa da moda que todo mundo usa, o cabelo precisa ser igual (chapinha) e todo mundo quer estar inserido em um grupo seja ele qual for...
Os cristãos do primeiro século foram chamados para ser diferentes, para destoar da maioria, para impressionar com suas convicções que as vezes eram defendidas com a própria vida.
Infelizmente o "mercado gospel" criou a "moda cristã" e na minha opinião formatou e fez ficar famoso seu movimento, ser "crente" não é mais ser tão diferente assim...
Quando escrevo isso não penso em usos e costumes, mas penso em atitudes que não posso compreender em alguém que tem Cristo como modelo.
Hoje já temos ídolos, pedimos seus autógrafos e gritamos seus nomes nos chamados Shows Gospel...
A ganância e vontade de ter entrou em nosso meio e ainda chamamos isso de benção...
Pessoas usam púlpitos e cargos de liderança para inflarem seu ego e sentir-se melhor do que os outros em nome de "estar fazendo a obra" (que obra?)
Criaram um sistema hierárquico que não sei onde vai terminar, acho que qualquer dia desse alguém tentará se apresentar como quarta pessoa da Trindade...
Criamos até um sistema de disciplina onde alguém peca, "leva um chá de banco" e está doido para que isso aconteça para sentir-se quites com sua consciência ao invés de levarmos a pessoa ao arrependimento e acreditarmos que ele aconteceu... O sistema fez\pagou ao invés de ensinarmos a graça.
Tenho pensado que o "não vos conformeis com este século" está mais atual que nunca e que precisamos rever muita coisa no que vivemos e dizemos ser cristianismo.
Que sejamos o bom perfume de Cristo, fazendo diferença por onde passarmos e que não tenhamos medo ser diferentes.
Pois o Jesus que seguimos não agradou a multidão, não se tornou alguém igual seu tempo, não negociou o que acreditava, ao contrário, firmou o pé em suas convicções e chamou seus seguidores a fazerem o mesmo.
Que Cristo nos permita e nos ajude a vivermos de um modo totalmente pautado pelos seus ensinamentos.
alipio junior


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