23 de julho de 2014

O Choro

Muitos criticaram o choro de nossos jogadores da seleção, tive muita vontade de escrever sobre isso, me recolhi ao silêncio, mas pensei bastante sobre o assunto.
Na semana do choro de nossos craques apareceu até interpretadores de choro, como se a complexidade humana pudesse ser desvendada e os senhores da opinião falaram tanta maluquice que tive que me recusar a ouvir em alguns momentos...
Um tal de Neto (que foi bem melhor com os pés de que com as palavras) chegou a dizer que Soares era herói, ele podia chorar e vimos o que aconteceu com o Uruguaio.
Chorar não é problema, não deve haver momento em que não podemos chorar, deve-se faze-lo quando tiver vontade, quando a emoção bater, quando for preciso extravasar, nossos garotos podem chorar, devem chorar e isso não tem nada a ver com descontrole, isso é de cada um, ninguém deve ser recriminado por chorar e por não chorar...
Porém após o episódio de hoje, a contusão do nosso craque, quero dizer que chorei, chorei e chorei...
Neymar é um garoto, um sonhador, um atleta de alto nível, que se preparou e muito para um momento como esse.
Um menino com responsabilidade de gente grande, com desafios inimagináveis a cada um de nós, um menino gigante pela própria natureza, como o é nosso país.
Chorei porque preferia ver o menino chorando de emoção ao choro de tristeza de não mais participar da copa.
Chorei ao ver a maturidade do David Luiz, que lindo o reconhecimento com o adversário.
Chorei ao ver nosso capitão marcando o gol e fazendo uma grande partida, mostrou que o choro não o atrapalha, mostrou coragem e liderança ao reconhecer suas fraquezas...
Sou sim orgulhoso de fazer parte do mesmo país que estes e que muitos outros, o meu país tem gente boa, gente que chora na alegria e adversidade, sou brasileiro, chorão, com muito orgulho e com muito amor...

Bem aventurados os que choram.

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